"Chamaram-lhe “cantora do regime”. Acusada de servir a ditadura e colaborar com a polícia política (PIDE), foi perseguida e ostracizada após 25 de Abril de 1974, reconquistando depois a unanimidade enquanto voz de Portugal no Mundo.
Esta é a história secreta da vida de Amália Rodrigues. Como se relacionou com o Estado Novo e sobreviveu à admiração por Salazar? Como enfrentou a pobreza, seduziu a aristocracia e os intelectuais? Como ajudou presos políticos, cantou poetas proibidos, colaborou com antifascistas e financiou clandestinamente a oposição e o PCP? Como sobreviveu aos boatos, ataques e tentativas de silenciamento no pós-revolução? Como é que os políticos, os músicos, os poetas, a ditadura e a democracia lidaram com a maior cantora portuguesa de sempre?
"Amália – Ditadura e Revolução" (a história secreta) é uma investigação jornalística que atravessa dois regimes, vários continentes e reúne perto de uma centena de entrevistas e depoimentos exclusivos, gravações inéditas da fadista e de personalidades que com ela conviveram, milhares de páginas de documentos nunca revelados, além de cartas e fotografias desconhecidas da cantora."
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"A 23 de julho celebra-se o centenário do nascimento de Amália Rodrigues. Num texto sobre Amália, publicado no livro Uma Outra Memória e incluído nesta obra de homenagem, escrevia assim Manuel Alegre: «Todo o canto, como a poesia, é uma questão de ritmo. Ou de batida.
O ritmo de Amália é o ritmo das marés, a sua batida a do nosso mar. Ela podia cantar flamenco ou tango, espirituais negros ou jazz, podia entoar uma fuga de Bach, trautear as incomparáveis harmonias de Mozart. Mas ela canta isso tudo e um pouco mais. Canta o fado no sentido em que dele fala Camões.
Quando ela diz fado está a dizer o nosso próprio nome e pronuncia essa palavra com a mesma entoação que provavelmente Camões lhe dava. Suspeito mesmo que foi para ela que Camões escreveu alguns dos poemas que Alain Oulman transformou em fado.»
"As Sílabas de Amália" é uma obra singular que reúne os quatro poemas de Alegre que Amália cantou, os que sobre ela escreveu e aqueles que exprimem uma visão do fado que, em grande parte, o poeta ficou a dever a Alan Oulman e a Amália Rodrigues.
Inclui, ainda, um poema inédito de tributo a Amália." Fonte
"Vem conhecer a vida da Amália. Amália Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920, oriunda de uma família modesta, e morreu em 1999, também em Lisboa, depois de ter conquistado fama internacional. Esta cantora invulgarmente brilhante reunia em si tudo aquilo que é necessário para se ser um bom artista: talento, sensibilidade, inteligência e capacidade de trabalho.
Muitos consideram que foi a sua voz que levou a cultura e a alma nacionais pelo mundo fora e que o fado não seria hoje Património da Humanidade sem a sua decisiva contribuição.
Com este livro, Maria do Rosário Pedreira quis contar aos mais novos quem foi esta portuguesa notável e João Fazenda ilustrou com arte e originalidade todo o texto."
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""Se eu tivesse de reunir toda a minha vida em poucas palavras, perguntam vocês?
Olhem, o que talvez me defina melhor é a sensação de ser às vezes duas pessoas diferentes, ter um lado solar e alegre de querer ir colher flores, e um lado nocturno, de tristeza sem fim. Ser ao mesmo tempo coração e cabeça."
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"Um romance extraordinário e uma verdadeira homenagem à nossa maior diva. Este é o romance sobre a vida de Amália, a fadista mais amada e, simultaneamente, mais desconhecida em Portugal.
Operária numa fábrica de rebuçados, estreia-se a cantar em 1939.
Movida apenas pela vontade de cantar e sem qualquer ambição, nem sonha que um dia será a maior artista portuguesa de sempre. Ganhando rapidamente projecção internacional, deixa multidões rendidas à sua voz. E também os corações se rendem ao seu magnetismo.
Recebendo propostas milionárias para ficar a trabalhar no estrangeiro, o amor a Portugal fá-la sempre regressar. Ano após ano, arrebata galardões, conquista os críticos e cruza-se com as grandes personalidades do seu tempo: Édith Piaf, Hemingway, Frank Sinatra.
No final da vida, o que pode querer alguém com o mundo a seus pés? A felicidade que nunca sentiu? A autoconfiança que nunca teve?
Amália deixou-nos a 6 de Outubro de 1999 com uma só ambição: que a chorássemos quando morresse. Uma vida tão bela quanto inspiradora." Fonte
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